sábado, 10 de maio de 2014


A REVOLUÇÃO DA CÂMERA ESCURA

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Não se pode creditar a invenção da fotografia a uma única pessoa
Os germes deste evento começam a ser manifestar nos filósofos da  antiga Grécia.
Platão foi o primeiro a descrever o efeito fotográfico. Há breve relato em sua obra, A República, escrita entre 380-370 a.C. atesta o fato. Platão encontrava-se  dentro de uma caverna quando notou parte da imagem exterior estava projetada em umas das paredes, em posição invertida. Examinando minuciosamente todos os cantos, percebeu que a parede oposta á da imagem projetada, apresentava  pequena fenda, que permitia a passagem da luz.  “A Caverna de Platão”, foi o tema de várias metáforas, criadas por ele para descrever aquilo que vemos e que somos. A elite grega daquela época não encontrou outras formas para explorar melhor este efeito físico. Durante o século X, o erudito árabe Alhazen, descreveu como observara um eclipse solar, no interior de uma “câmera obscura”, um quarto escuro, com um pequeno buraco aberto para o exterior. A câmera escura surge no período renascentista,  dois milênios depois, aplicando o mesmo princípio, agora como ferramenta necessária para produzir imagens com verosemelhaça. A fotografia exemplifica que as invenções têm seu momento ideal e o momento propicio para serem aproveitadas pela sociedade, em um certo momento histórico dentro das demandas específicas que elas apresentam.
 O princípio deste invento era simples. Uma caixa escura, com espaço suficiente para o artista se locomover. Em uma de suas paredes havia um minúsculo furo, para permitir entrada de luz, cuja imagem seria projetada sobre a tela de pintura, de cabeça para baixo. O trabalho do artista era de contornar os traços da imagem com tinta. No final do século XVI, o pequeno furo, foi substituído por uma lente biconexa, para que a imagem refletiva tivesse melhor visualização. Em seguida, seu tamanho foi se reduzindo até atingir sua portabilidade. O papel de rascunho foi substituído pelo filme fotográfico.
As primeiras câmeras, entretanto, eram pesadas caixas de madeira, que fotografavam com daguerreótipos e, em seguida, com chapas de vidro. Tanto as câmeras como as chapas e o papel fotográfico eram produzidos pelos próprios fotógrafos. Dispendia-se muito tempo no preparo de soluções e na operação destes equipamentos.  Devido à falta de mobilidade, os primeiros retratos eram imitações da pintura renascentista.  Com o avanço da química, óptica e micro mecânica, filmes e papéis passam a ser industrializados. Surgem os primeiros filmes de rolo, as câmeras foram dimuindo de tamanho e fotografar passa a ser uma tarefa mais simples, novos ângulos e posições passam a ser experimentados, a linguagem fotográfica atinge a sua maturidade.  Veja os resultados desta  revolução:
•   375 A.C: Platão descobre o fenômeno fotográfico que seria mais tarde o
principio de todas as câmeras escuras.
•   930: Período da idade média, quando os  cavaleiros das cruzadas tiveram
contato com os árabes, estes já conheciam os princípios óticos. Um deles foi Alhazen que observou um eclipse solar dentro de um velho quarto escuro, utilizando o principio já constatado por Platão.
•   1515: O inventor e artista italiano Leonardo da Vinci após tomar
conhecimento da República de Platão, comprova cientificamente o princípio
da câmera escura. Precursora das câmeras fotográficas, esta câmera era usada pelos pintores para copiar retratos da nobreza da época e imagens da natureza.
•   1727: O professor alemão Johann Heinrich Schulze constata acidentalmente que a luz provoca o escurecimento do nitrato de prata. Esta descoberta foi amplamente utilizada para escurecer utensílios feitos de ossos, como colheres, botões, pentes e outros. Em meados do século seguinte, associada à  câmera escura, fornece a tecnologia básica para o posterior desenvolvimento da fotografia.
•   1826: O físico francês Joseph Nicéphore Niépce produz a primeira imagem fotográfica, uma paisagem campestre vista da janela de sua casa. Ele coloca uma placa sensibilizada com betume da judeia dentro de uma câmara escura    com orifício para exposição à luz, processo que levou na época, oito horas.
•   1835: O pintor francês Louis Daguerre utiliza  placas de cobre cobertas com sais de prata para captar imagens, que podem se tornar visíveis ao serem expostas ao vapor de mercúrio. Isso o leva a inventar, em 1839, o daguerreótipo, câmera  que produz imagens com  30 minutos de exposição, possiblitando produção de  fotografias em menor tempo. Entretanto, estas imagens de cobre eram únicas,  impossibilitando impressão de cópias.
•   1839-1840: O físico britânico William Henry Fox Talbot cria uma base de papel emulsionada com sais de prata que registra uma imagem em negativo. A partir  dela é possível produzir cópias positivas. Esse processo, chamado de calótipo e patenteado em 1841, é mais barato do que o de Daguerre, tornando a fotografia mais acessível e mais presente na vida das pessoas. Entre 1844 e 1846, Talbot pública The Pencil of Nature, o primeiro livro ilustrado com fotografias. Os primeiros experimentos de Talbot, obter imagens colocando objetos sobre a folha de papel fotográfico, seriam mais conhecidos, nos anos 30, como fotograma, utilizada por fotógrafos surrealistas e dadaístas. Esta mesma técnica tornou-se célebre com as imagens produzidas por Andy Warhol, quando produziu fotogramas de fragmentos de uma garrafa de vidro de Coca-Cola durante a Pop Art norte-americana décadas anos 60.
•   1840: Chega ao Rio de Janeiro, em janeiro de 1840, o primeiro daguerreótipo trazido por  Abade Compte. Segundo o Jornal carioca “Diário do Comércio” de 16/01/1840, a primeira imagem do Largo do Paço foi registrada em menos de 9 minutos. Assim, o Brasil foi o primeiro país da America Latina a ingressar no mundo fotográfico, tendo como seu mecenas D Pedro II. As diferenças dos tempos de exposição de 30 segundos para o verão parisience para menos de 9 minutos no verão carioca, trouxe a necessidade de adaptações desta nova técnica ao clima tropical brasileiro.
•   1840: O norte-americano Alexander Wolcott abre o primeiro estúdio
fotográfico do mundo em Nova York (EUA), onde realiza pequenos retratos com um daguerreótipo. No ano seguinte, começa a funcionar o primeiro estúdio europeu em Londres (Reino Unido), dirigido pelo fotógrafo britânico Richard Beard. Em pouco tempo, a fotografia chegava até o Japão e China.
•   1840: Johann Christoph Voigtländer, natural de Viena, Austria, produz a primeira objetiva de grande luminosidade para sua época, f/3.7 e introduziu no mercado o primeiro daguerreótipo inteiramente de metal em 1841. Lentes  mais luminosas propiciam menor tempo de exposição.
•   1846: O químico francês Louis Menard descobriu que o algodão pólvora – nitrato de celulose poderia ser dissovido em álcool e éter, produzindo um líquido de grande viscosidade, que ao secar se transformava em filme
transparente. Os médicos então começaram a utilizar como material impermeável em cirurgias. O químico inglês em 1850 passou a utilizá-la            aplicando solução de nitrato de Prata, para torná-la sensível à luz. Mas deveria
ser utilizada ainda úmida, para que não perdesse suas características.
•   1851: O escultor britânico Frederick Scott Archer desenvolve o processo chamado de colódio úmido, negativo feito sobre placas de vidro sensibilizadas com uma solução de nitrocelulose com álcool e éter. O fotógrafo precisa sensibilizar a placa imediatamente antes da exposição e revelar a imagem em seguida. Esse processo é 20 vezes mais rápido que os anteriores e os negativos apresentam uma riqueza de detalhes semelhante à do daguerreótipo, com a vantagem de permitir a produção de várias cópias. Os primeiros negativos eram de papel fotográfico, produzidos pelo próprio fotógrafo. Em seguida, foram substituídos por chapas de vidro, melhorando a definição da imagem.
•   1854-1910: Neste período a fotografia ainda não tinha linguagem própria. Desenvolve-se o movimento denominado pictorialismo, que se caracteriza por uma tentativa de aproximação da fotografia com a pintura. Assim, os fotógrafos retocam e pintam as fotos, riscam os negativos ou embaçam as imagens. Também introduzem em suas imagens composições e assuntos característicos da pintura. Os assuntos prediletos são em geral, paisagem, natureza-morta e retrato. Entre os grandes fotógrafos dessa fase está o francês Félix Nadar, o primeiro a realizar fotos aéreas a partir de um balão em 1858. O pintor Ingres, embora utilizasse os daguerreótipos de Nadar para produzir seus retratos, menosprezava a fotografia como sendo apenas um produto industrial, e confidenciava: “a fotografia é melhor do que o desenho, mas não é preciso       dizê-lo”. Apesar do preconceito das elites pensantes em relação à fotografia, muitos utilizaram fotos para pintar, como os franceses Ingres e Delacroix e posteriormente, os impressionistas.
•   1855: O britânico Roger Fenton fotografa durante quatro meses a Guerra da Criméia (1853-1856). Para fazer seu trabalho, transforma uma carruagem puxada por cavalos em quarto escuro, onde revela as chapas. Ao todo, produz 360 fotografias. Realiza assim a primeira grande documentação de uma guerra         e dá início ao fotojornalismo. A maioria das fotos porém não foram publicadas, porque eram muitos expressivas e poderiam chocar os leitores expondo o horror dos campos de batalha.
•   1861-1865: O norte-americano Mathew Brady faz a cobertura da Guerra Civil Americana e torna-se um dos primeiros fotojornalistas do mundo.
•   1871: O médico britânico Richard Maddox cria as chapas secas de gelatina com sais de prata em substituição ao colódio úmido. Fabricadas em larga escala a partir de 1878, marcam o início da fotografia moderna. A grande vantagem em relação ao colódio úmido é que os fotógrafos podem comprar as chapas já sensibilizadas quimicamente, em vez de ter de prepará-las antes da exposição. As chapas industrializadas apresentavam melhor qualidade, com sensibilidade estável. As primeiras ainda eram de vidro.
•   1877: George Eastman desaprova o processo de chá úmido de colódio e inspirado em um artigo de publicação inglesa sobre emulsão de gelatina que poderia ser utilizada seca, buscou meios mais simples para fotografar. Descobriu que a gelatina associada ao brometo de prata reunia as qualidades necessárias. Passou então a pesquisar alternativas para produzir filmes e câmeras em escala industrial.
•   1878: O inglês Edward Muybridge, fotógrafo inglês (9 de abril de 1830 – 8 de maio de 1904) reproduz em fotografia o movimento de um cavalo galopando. Conhecido por seus experimentos com o uso de múltiplas câmeras para captar o movimento, além de inventor do zoopraxiscópio- dispositivo para projetar os retratos de movimento que seria o precursor da película de
celulóide (filme) e do cinema.
•   1880:  Publicada a primeira fotografia pela imprensa, na capa do jornal Daily Herald, de Nova York (EUA). Mas somente no início do século XX o uso de fotografias nos jornais e revistas torna-se comum.
•   1880: No início deste ano houve duas inovações independentes, embora relacionadas a produção de chapas secas mais sensíveis sem a necessidade de preparo das frágeis e desajeitadas chapas de vidro. O primeiro aperfeiçoamento foi a emulsão à base de gelatina, que mantinha sua sensiblidade mesmo depois de seca, podendo ser aplicada em suportes flexíveis, filmes em rolo ao invés de vidro. O advento do filme em rolo revolucionou a fotografia, tornado-as simples e acessíveis a milhões de amadores, embora os profissionais continuassem por várias décadas utilizando chapas de vidro, emulsionadas com gelatina.
•   1882: O francês Aphonse Bertillon inventa o sistema de identificação de criminosos através da ampliação fotográfica das impressões digitais. Seu sistema possibilitava a identificação a partir de traços genéticos, pois acreditava que a criminalidade era uma doença hereditária.
•   1888: O norte-americano George Eastman desenvolve a primeira câmera portátil, a Kodak, vendida com um filme em rolo de papel suficiente para tirar 100 fotografias. Terminado o rolo o cliente envia a câmera inteira para a empresa Eastman, que providencia a revelação do filme e obtêm as cópias em papel, devolvendo o equipamento com um novo rolo de filme. O lema da Eastman é “Você aperta o botão, nós fazemos o resto”. A simplicidade da câmera Kodak é responsável pela popularização da fotografia amadora. Utilizava marketing direto e objetivo. No ano seguinte, Eastman substitui o filme de papel por um de plástico transparente à base de celulose.
•   1902: O norte-americano Alfred Stieglitz funda o movimento fotossecessão,      no qual a foto passa a ser valorizada como expressão artística própria, diferente das demais artes. Os fotossecessionistas defendem a fotografia sem retoques ou manipulação nos negativos e nas cópias, em reação ao pictorialismo. A fotografia se aproxima do abstracionismo, com ênfase na forma e não no objeto em si. O trabalho dos fotossecessionistas é divulgado pela revista Câmera Work, fundada por Stieglitz e publicada entre 1903 e 1917. Edward Steichen, Alvin Langdon Coburn e Paul Strand estão entre os principais nomes do movimento. A maioria das fotos produzidas por Stieglitz se perderam após sua morte,  que caiu por complemento no esquecimento. Geórgia O`Keefe, sua esposa, consegue recuperar pequena parte de suas imagens e publica alguns livros. Stieglitz é considerado o pai da fotografia moderna.
•   1907: Os franceses Auguste e Louis Lumière, pais do cimena, introduzem o autochrome, o primeiro processo fotográfico colorido. Ambos realizaram importantes descobertas no campo da fotografia. Seu pai, Antoine, era um conhecido pintor retratista que se tinha retirado para dedicar-se ao negócio da fotografia; tanto Louis como Auguste continuaram com o negócio familiar. Ambos demonstravam talento em física e química e, desde cedo, aprenderam fotografia com o pai. Durante férias na Bretanha, quando tinham 14 e 12 anos, fizeram de uma caverna seu laboratório fotográfico. Utilizando a balança de precisão, emprestada por um farmacêutico local, Louis suplantou van Monckhoven. Sua chapa, além de apresentar resultados melhores e mais rápidos, poderia ser produzida em escala industrial.
•   1915: Os processos de impressão dos jornais diários evoluem e começam a utilizar a fotografia com mais frequência para ilustrar as reportagens, em substituição ao desenho. A presença de fotos na imprensa firma-se com os jornais Daily Mirror, de Londres (Reino Unido), e Ilustrated Daily News, de Nova York (EUA).
•   1919-1938: Terminada a Primeira Guerra Mundial, a fotografia liga-se a movimentos artísticos de vanguarda, como o cubismo e o surrealismo. Fotógrafos como o norte-americano Man Ray e o húngaro László Moholy-Nagy trabalham em estreita ligação com pintores e outros artistas. As técnicas de fotomontagem (manipulação de negativos) e fotograma (imagem direta sobre o papel fotográfico, sem o uso do negativo e da câmera) são amplamente
usadas.
•   1923: O norte-americano Edward Weston introduz a fotografia pura, sem retoques ou manipulações. Adota o uso mais realista e direto da câmera, com certa ênfase na forma abstrata, porém sem impedir a identificação do objeto fotografado.
•   1925: Na Alemanha surge um estilo realista conhecido como Nova Objetividade, que propõe uma fotografia puramente objetiva, em oposição ao pictorialismo. Seu maior representante é Albert Renger-Patzsch, autor de fotografias que se caracterizam por linhas fortes, documentação factual e grande realismo. Outro expoente do movimento é August Sander.
•   1925: A empresa alemã Leitz começa a comercializar a primeira câmera
fotográfica 35 mm, a Leica, inventada pelo engenheiro Oskar Barnack. Ela dá
um grande impulso para o fotojornalismo por ser silenciosa, rápida, portátil e
por ter disponíveis diversos tipos de lentes e acessórios.
•   1928-1929: O fotojornalismo desenvolve-se na Alemanha nas revistas
Berliner Illustrierte e Münchener Illustrierte Presse. Os principais nomes
dessa época são o alemão Erich Salomon e o britânico Felix Man.
•   1929: As fotografias começam a ocupar grande espaço na publicidade,
considerada um dos principais processos de criação artística nesse período.
Vários profissionais importantes na época, como Cecil Beaton, Man Ray,
Moholy-Nagy e Edward Steichen, fazem fotografias publicitárias paralelamente
aos trabalhos de fotografia de autor.
•   1932: O francês Henri Cartier-Bresson começa sua carreira como fotojornalista,
desenvolvendo um estilo definido por ele como a busca pelo “momento
decisivo”, isto é, pelo instante fugaz em que uma imagem se forma
completamente em frente à câmera. Por isso, não realiza nenhum tipo de
retoque ou manipulação das imagens. Cartier-Bresson torna-se o mais
influente fotojornalista de sua época. Entre os seguidores do seu estilo estão
Robert Doisneau, Willy Ronis e Edouard Boubat, entre outros. A fotografia
mais divulgada de Cartier-Bresson é a do pulo, Cartier-Bresson, Derriére La
gare Saint-Lazare, Paris, 1932. O salto do personagem e o salto inverso do
cartaz de circo, logo ao fundo. Pesquise esta foto na internet, vale a pena.
Aproveite e conheça melhor o trabalho deste renomado fotógrafo.
•   Ainda em 1932: Fundação do grupo 64, nos Estados Unidos (EUA), os
fotógrafos Ansel Adams, Edward Weston e seu filho Brett, Willard Van Dyke,
Imogen Cunningham e Sonia Noskowiak. O nome refere-se à mínima
abertura das lentes (diafragma) que permite a máxima profundidade de campo
com o máximo de nitidez, a principal proposta do grupo. Ansel Adams e
Edward Weston revolucionam a técnica e estética da fotografia norte-
americano, já nos anos 30. Pesquise mais sobre eles na internet.
•   1933: O norte-americano Harold Edgerton desenvolve o flash eletrônico, luz
relâmpago.
•   1935: Os norte-americanos Leopold Godowsky Jr. e Leopold Mannes
inventam o filme Kodachrome, que permite a obtenção de transparências
(slides) coloridas com grande riqueza de detalhes e de tons, próprias para
reprodução ou projeção.
•   1935-1943: A Farm Security Administration, entidade criada pelo presidente
norte-americano Franklin Roosevelt para estudar e diminuir os problemas da
população rural dos Estados Unidos (EUA) durante a Grande Depressão,
recorre à fotografia para registrar suas atividades, dando impulso à fotografia
documental e de denúncia social. Destacam-se o trabalho dos fotógrafos
Walker Evans, Dorothea Lange, Margareth Bourke-White, Ben Shahn, Arthur
Rothstein e Gordon Parks.
•   1936: O norte-americano Henry Luce funda a revista Life nos Estados Unidos
(EUA), com o objetivo de substituir a fotografia acidental, improvisada, por
uma edição de fotografia planejada. Os fotógrafos a serviço da revista, um
marco da fotorreportagem mundial, são pautados para cada matéria e
encorajados a produzir uma grande quantidade de imagens para dar mais
opções de escolha aos editores. Vários dos principais nomes do fotojornalismo
mundial trabalham para a Life, entre eles Robert Capa, que faz a cobertura
de guerras em todo o mundo durante vinte anos, até morrer no Vietnã, ao
pisar em uma mina terrestre. Entre suas fotos mais famosas estão Morte de
um Soldado Legalista (soldado sendo alvejado na Guerra Civil Espanhola,
entre 1936-1939), e a série de imagens feitas durante o desembarque das
tropas aliadas na Normandia, em 1944, durante a II Guerra Mundial.
•   1942: A Kodak introduz o filme Kodacolor, negativo colorido que permite
a confecção de cópias em cores. Em 20 anos, o Kodacolor torna-se o filme
mais popular entre os fotógrafos amadores. A empresa alemã Agfa, que havia
desenvolvido o processo negativo-positivo colorido Agfacolor em 1936,
começa a comercializá-lo apenas em 1949, devido à eclosão da II Guerra
Mundial.
•   1945: A empresa austríaca Voigtländer desenvolve as lentes zoom, que
permitem fotografar objetos situados a grande distância da câmera.
•   1947: Os fotógrafos Robert Capa, Daniel Seymour, Henri Cartier-Bresson e
George Rodger fundam nos Estados Unidos (EUA) a agência cooperativa
Magnum. Nela trabalham os principais nomes do fotojornalismo mundial,
entre eles o norte-americano Eugene Smith, o suíço Werner Bischof e o
brasileiro Sebastião Salgado.
•   1948: O norte-americano Edwin Land desenvolve a câmera Polaroid, que tira
fotos instantâneas em preto e branco.
•   Década de 50: Após a II Guerra Mundial, uma corrente da fotografia volta
a passar por uma fase abstracionista e deixa de ter o compromisso de registrar a
realidade. Adota-se o uso expressivo e emocional das imagens. Nessa linha
destaca-se o trabalho do norte-americano Minor White. Para ele, a fotografia
deve ser transformada para que o espectador perceba a mensagem interior da
imagem, não visível na superfície. Outros representantes dessa corrente são
Aaron Siskind, Harry Callaham e Bill Brandt. No fotojornalismo, a cobertura
fotográfica dos acontecimentos no pós-guerra ganha fôlego com as revistas
Time e Newsweek nos Estados Unidos; Paris Match na França; e Der Spiegel
e Stern na Alemanha.
•   1955: O fotógrafo norte-americano Edward Steichen organiza no Museu
de Arte Moderna de Nova York (MoMA) a exposição The Family of Man,
uma seleção de cerca de 500 fotos tiradas em 68 países que registram todas
as fases da vida humana, do nascimento à morte. A exposição, que teve grande
repercussão mundial e se tornou um marco da fotografia documental, é levada
a vários países e dá origem a um livro com diversas edições.
•   1959: Lançamento do livro The Americans, do fotógrafo norte-americano
Robert Frank, registro fotográfico da viagem que fez pelos EUA com o
poeta beat Jack Kerouak. Frank rompe com a tradição da fotografia
documental, imparcial e distante, dando às suas imagens um caráter subjetivo.
•   Década de 60: Desenvolve-se um grande intercâmbio entre o trabalho
de fotógrafos e artistas plásticos. Muitos fotógrafos usam técnicas manuais de
manipulação de imagens, como retoques e pinturas de negativos e de cópias.
Os pintores, por sua vez, imitam a visão fotográfica (figurativa) e introduzem
fotos em suas obras por meio de colagem ou reprodução em silkscreen, como
ocorre na pop art, nos trabalhos dos norte-americanos Andy Warhol e James
Rosenquist. A fotografia também é bastante utilizada pela arte conceitual,
como meio para a expressão de um conceito.
•   1962: Os norte-americanos Emmett Leith e Juris Upatnieks e o soviético
Yuri Denisyuk desenvolvem simultaneamente a holografia, fotografia em três
dimensões obtida por meio da exposição de um filme à luz de raio laser
refletida em um objeto.
•   Década de 70: As fotografias ganham maior importância como obras de arte.
Começam a ser produzidas com mais frequência em formato de livro, são
exibidas em galerias, museus e compradas por colecionadores. A fotografia passa
também a ser objeto de estudo acadêmico, como arte que deve ser compreendida
e estudada, a exemplo das demais manifestações artísticas (pintura, música,
literatura, entre outras). A fotografia documental continua a ser desenvolvida,
apesar de ter perdido espaço para a televisão e o cinema. Aumenta o uso da
cor, em especial na fotografia de moda e de publicidade.
•   1975: Steve Sasson em seu laboratório na Eastman Kodak Company,
reunindo dispositivos analógicos e digitais juntamente com uma lente de
câmera Super 8, cria o que se considera hoje à primeira câmera digital do
mundo. Este equipamento era pesado e desajeitado. Gravava as imagens
em uma fita cassete. Usava um revolucionário sensor chamado CCD e levava
23 segundos para formar uma imagem com  resolução de 100 linhas em preto
e branco. Como a câmera não possuía LCD, era necessário colocar a fita cassete
em um reprodutor portátil ligado a um computador que exibia a imagem em
uma tela de TV. A proeza foi mostrada para executivos da Kodak em 1976 com
o nome de “Fotografia sem Filme”. Como a ideia não vingou, muito
provavelmente a possibilidade de se fazer fotografia sem filme não deve ter
animado os executivos da maior fabricante de filmes, papéis e produtos
químicos para fotografia.
•   Década de 80: Reforçada a visão da fotografia como obra capaz de transmitir
informação e prazer, mas também como meio de comunicar mensagens
políticas e sociais, cresce a importância da imagem fotográfica como
instrumento da publicidade. Um dos principais nomes da fotografia
publicitária é o italiano Oliviero Toscani, ao tratar de questões como tabus,
violência e racismo em seus trabalhos. Natural de Milão, 28 de fevereiro de
1942, criou campanhas publicitárias polêmicas para a marca italiana
Benetton, iniciada em 1982. A maioria de suas campanhas era institucional,
o alvo era propaganda de marca e não de produto, normalmente composta
apenas por uma fotografia polêmica e o logo da companhia. Técnicas antigas
de reprodução voltam a ser utilizadas para a produção de imagens mais
elaboradas e verifica-se uma tendência a se reduzir o número de cópias de uma
    fotografia.
•   1981: O brasileiro Sebastião Salgado torna-se mundialmente conhecido por
ser o único fotógrafo a registrar a tentativa de assassinato do presidente norte-
americano Ronald Reagan. Representante da fotografia documental, Salgado
se destaca nos anos 80 e 90 por suas grandes foto reportagens de denúncia
social, publicadas em livros como Sahel: Outras Américas (1986) l’Homme
en Détresse (1986), Trabalhadores (1993) e Terra (1997).  Vale uma visita pela
internet.
•   Década de 90: Intensifica-se o uso das câmeras digitais, principalmente no
fotojornalismo e na publicidade. Nessas câmeras, o filme é substituído por um
disco ou cartão de memória no qual as imagens são armazenadas digitalmente.
Elas podem assim ser transmitidas por meio de linha telefônica para um
computador em qualquer lugar do mundo de forma extremamente rápida, já
que o processo digital elimina a necessidade de revelação fotoquímica e
ampliação.
•   1993: Glass Tears, de Man Ray, torna-se a fotografia mais cara do mundo, ao
ser vendida por US$ 65 mil.
•   1997: A Maison Européenne de la Photographie (França) realiza a exposição
Des Européens, que apresenta 20 fotos inéditas de Henri Cartier-Bresson. A
mostra reúne ainda outras 160 imagens realizadas pelo fotógrafo francês entre
os anos 30 e 70.
      •  2000: início de popularização da fotografia digital